Gabe Joie, quem bate os olhos nesta formosura de Ceilândia não imagina o quanto ela batalhou para fazer a sua estrela brilhar.
Há de convir comigo que Gabe é uma tremenda gata, e se você a encontrasse numa balada, com certeza iria ter o seu coração fisgado por ela.
Rostinho angelical e de traços delicados, me arrisco a ir longe aqui nos meus devaneios e dizer que Gabe poderia ser considera a versão trans da atriz Audrey Hepburn (Bonequinha de Luxo – 1961), claro que guardada as devidas proporções, pois Audrey é de outra época e foi muito premiada, sendo considerada uma lenda do cinema.
Mas por que não podemos sonhar alto???



Gabrielle Joie, Gabe, como prefere ser chamada, hoje está por volta dos seus 24 anos de idade, é uma beldade trans. Modelo e atriz, agita a sua bandeira da representatividade para todos os lados que vai. Sua história de vida mostra que esta garota é uma guerreira e que tem personalidade forte.
Filha de pai caminhoneiro com uma pedagoga, nasceu numa das cidades mais humildes do Distrito Federal, Ceilândia. Descobriu a sua sexualidade na adolescência, se percebendo como trans aos 16 anos. Agradece a sorte que teve na vida em poder contar com o apoio de toda a sua família.

Sua fonte de inspiração
Quando Gabe abraçou a sua transexualidade, na época não existiam muitos ícones trans para que pudesse se espelhar. Todo o seu glamur e admiração por ser uma mulher veio da sua irmã mais velha Ingrid, foi ela quem a inspirou a ser o que é hoje. “Ingrid era modelo na época e eu sempre admirei muito a sua beleza. Foi com o apoio dela, aliás, que comecei a trajetória nas passarelas”, conta.
Se declara como bissexual: “Já namorei homem, mulher, sou 100% bissexual e cada namoro foi diferente. É que gosto de ser tratada como uma lady. A gente passa por tanta coisa, né? O mínimo que merecemos é encontrar alguém para nos tratar feito uma princesa”, desabafou.

De Ceilândia para o SPFW
Seu primeiro convite para modelar surgiu na internet. Após a transição, Gabe criou um canal no Youtube e passou a alimentar suas outras redes sociais com diversas fotos tiradas por seus amigos nas ruas do Plano Piloto. Uma de suas fotos acabou chegando a um olheiro, que a convidou para desfilar na SPFW. “Sequer hesitei. Peguei minhas economias, já que meus pais não podiam custear a viagem; e entrei em um ônibus com minha irmã rumo à capital paulista, na cara e na coragem”, lembra.
O desfile abriu portas e, dois anos depois, Gabe mudou-se de vez para São Paulo. Hoje, ela tem no currículo campanhas para marcas importantes de moda e beleza, como Eudora, Natura e Vivara. Também chegou a dividir as passarelas de um desfile com Valentina Sampaio, trans cearense que já estampou a capa da Vogue Paris.



Gabe na telinha
Gabe já desfilou pela São Paulo Fashion Week e já fez trabalhos pela Rede Globo, sendo a primeira mulher trans a atuar em uma novela da emissora. Foi convidada por Bruno Barreto, em 2019 para trabalhar na série Toda Forma de Amor, exibida pelo Canal Brasil. Escalada para outra novela, interpretou Michelly, uma personagem transexual em Bom Sucesso, da Rede Globo em 2019, além da série Sob Pressão.


Como atriz, Gabe se considera multifacetada, uma camaleoa. Não quer apenas a ficar limitada interpretando personagens trans. Com toda certeza pode alçar voos mais altos. Seu maior sonho é interpretar uma vilã. “Quero interpretar personagens que não tem a ver comigo”, comenta.
Gabe no clipe com Fiuk
A vida é uma caixinha de surpresas. Amor da minha vida foi o clipe em que Gabe foi convidada a contracenar com Fiuk. O clipe mostra cenas românticas dos dois, conquistando a marca de mais de dois milhões de visualizações.
Preconceito e determinação
Quando descobriu a sua sexualidade, Gabe não queria fazer parte da triste estatística ingressando no mundo da prostituição. “As primeiras trans com as quais tive contato eram prostitutas. A esmagadora maioria, por falta de opção”, lamenta.
“Eu consegui, com muito trabalho e uma boa dose de sorte, não somar a esta triste estatística de que transexuais precisam vender os seus corpos para sobreviver”, comenta.
Gabe fala que já enfrentou ambientes de estudo e trabalho inóspitos. O Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo. Para ela, a forma mais eficiente de melhorar este cenário seria um maior apoio à representatividade.
“Recebo muitas mensagens de gratidão nas redes sociais, mas quero levar o meu trabalho ainda mais longe para fincar de vez o bastão da representatividade na mídia e facilitar o caminho das meninas que vierem depois de mim”, declara.
Gabe tem outros novos trabalhos como atriz já engatilhados. E pelo que parece, essa garota vai longe!!!
“O Blog do Suspiro deseja a Gabrielle Joie e todas as mulheres trans, muito sucesso! Força na peruca minhas queridas!”
Gabe Joie nas redes sociais
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