O Japão se mantém até hoje com uma das indústrias mais poderosas da pornografia mundial, Diretor Nu aborda de maneira espetacular a história dos bastidores do ramo nos anos inesquecíveis anos 80.
Diretor Nu e a história de Toru Muranishi
A série original da Netflix é baseada no livro “Zenra Kantoku Muranishi Toru Den”, a obra aborda de forma curiosa a visão do diretor emblemático Toru Muranishi, um dos nomes mais significativos do porno no Japão.
Sua visão era recheada de estética documentarista, mas que perdurava exaltar fetiches da profunda e escondida mente humana.
Ambientado no auge dos anos 80, o Japão passava por um momento conturbado da economia, taxa de desempregado altíssima, logo os poucos que permaneciam com seu trabalho sobreviviam entre altos e barrancos.
Toru (interpretado por Takayuki Yamada) era um clássico pai de família, dois filhos e uma amorosa esposa, pelo menos era isso que ele acreditava possuir nos seus falsos olhares.

O início de um império

Seja como for, a ilusão de família perfeita não durou, pois Toru é demitido e descobre que sua esposa mantinha uma relação sexual com outro homem. Porém, tal descoberta transforma a vida do protagonista de maneira estrondosa.
Exausto, sem emprego e sem dinheiro, o homem encontra uma oportunidade gigantesca no mercado pornográfico, pois percebe mudanças necessárias e somente ele era capaz de mudar o jogo.
Diretor Nu demonstra que Toru Muranishi era um visionário na sua época, alguém que mudou a indústria sob olhar verdadeiro, sem pudores e com liberdade de exaltar a libido. Isso é contado sob uma narrativa direta e sublime, ainda mais quando olhamos para os fatos que seguem sua segunda temporada.
Referências e realidade

A história abusa de uma narrativa a lá “Lobo de Wallstreet” (2013) e “A Rede Social” (2010), com momentos de surpresas e confiança no futuro promissor. Ainda sim, seus dramas se concentram nas conquistas e frustrações da realidade, o que justifica nem tudo ser um mar de rosas.
As cenas de sexo de Diretor Nu possuem um âmbito da fantasia e realidade, a medida que alterna entre as gravações e o realismo de seus personagens.
A visão de Toru era assumir que o sexo era nada mais que uma necessidade para aflorarmos os nossos prazeres e desejos mais contidos, logo seus filmes eram a transparência da realidade que habita nossas mentes quando pensamos no sexo.
A visão do Japão

Entretanto, não podemos esquecer que Diretor Nu ainda faz jus em nos apresentar a visão que o Japão possui da indústria pornográfica, algo que se mantém até mesmo nos dias atuais, leis que impedem que órgãos femininos e masculinos sejam vistos, algo que Toru brigou e quebrou barreiras para expor de maneira natural.
Por fim, Diretor Nu é um daqueles títulos escondidos do Netflix que merece sua devida atenção pelo gostoso entretenimento, talvez um dos melhores séries já produzidos pela plataforma. Uma história que tende a explorar os tabus e transformá-los em questionamentos sobre a razão da sexualidade humana e seus desejos mais íntimos.
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Rafael Tanaka
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