- Nome: Jéssica
- Idade: 28 anos
- Cidade: Campinas/SP
- Instagram: @jessy.angelus_
- Twitter: @AngelusJessica
- OnlyFans: @jessy.angelus_
- Suicide Girls: Angelus
- Fotógrafo: Mauro Sérgio (@maurosergiofotografia)

Jessy Angelus retorna a marcar presença (primeira entrevista) com sua irreverente e perspicácia de maneira contagiante. Desta vez, para registrar um ensaio fantástico do aniversário do Suspiro Blog.
Batemos um papo gostoso sobre seu atual momento na carreira e os novos desafios para alcançar seu devido brilho.
Jessy Angelus

Para aqueles que ainda não te conhecem ou ainda, não tiveram contato com a sua primeira entrevista aqui no Suspiro, poderia falar novamente sobre quem é Jessy Angelus, e como surgiu a ideia de “Angelus”? Você está mais para a “anjinha do bem” ou para a “anjinha do mal”? Como é lidar com essa dualidade?
Para aqueles que ainda não me conhecem, muito prazer, sou Jéssy Angelus, modelo alternativa, resido atualmente em Campinas/SP e sou apaixonada pela arte expressa através da fotografia.
Sempre gostei muito de figuras angelicais e resolvi que meu nome artístico deveria ter um toque de anjo hahaha. Não estou nem para a anjinha do bem e nem para a anjinha do mal, caminho na neutralidade e lido muito bem com a minha dualidade. Ninguém é bom ou mau o tempo todo, somos todos compostos de luz e sombras, só precisamos saber manter o equilíbrio.
Conte um pouco pra gente sobre a sua trajetória de vida. Como surgiu a ideia de se tornar modelo, ainda mais uma modelo alternativa? E na sua essência como pessoa, o que significa ser uma “modelo alternativa”? Ainda vivemos num mundo cheio de rótulos ou a sociedade está começando a mudar um pouco esses conceitos?
A ideia surgiu, sinceramente, do nada em meio a pandemia. Eu sempre admirei as meninas que faziam ensaios sensuais e no fundo sempre tive vontade de fazer, mas algo para mim mesma, nunca pensei em fazer para divulgar e nem nada do tipo, era apenas uma vontade que eu tinha.
Eu nunca gostei de sair em fotos, não me achava fotogênica e preferia ficar longe das câmeras, mas em meio a pandemia, com mais tempo para colocar a mente para funcionar, me surgiu a ideia de criar um Instagram e postar alguns autorretratos sensuais e foi assim que tudo começou rsrs.
Para mim, ser modelo alternativa é a definição de liberdade, fugir dos padrões, não estar presa a ditaduras em relação ao meu corpo e poder expressar a minha arte da forma que eu quiser.
Acredito sim que a sociedade pode avançar em relação aos rótulos, porém ainda estamos caminhando pra isso, não chegamos lá… ainda…

Como que você criou o seu estilo e que ele representa na sua personalidade? Vejo muitos ensaios seus com um tema mais sombrio, soturno, se posso dizer até mesmo demoníaco. Você busca passar uma mensagem para as pessoas, por pra fora algo do seu íntimo, ou é só mesmo um personagem meio que “teatral”?
O meu estilo foi tomando forma aos poucos e varia muito dependendo do meu humor, eu não me prendo a um estilo apenas, gosto de ser muitas, em uma só hahaha. Eu sempre fui fã de terror e através da fotografia consigo também mostrar esse meu lado mais sombrio. O terror me permite transmitir sensações, sentimentos e posso dizer que me permite gritar também, desabafar. Me identifico demais com os personagens de terror que crio, posso dizer que é o estilo que eu mais gosto de representar. Amo a fotografia sensual, mas se colocar uma pitada de terror, fica ainda melhor.
Você fez o tongue splitting, que é uma cirurgia que secciona a ponta da língua. Esse procedimento foi feito mais por uma questão estética ou é algo que reflete sua personalidade ou algo mais espiritual?
Fiz pela estética, era um desejo meu desde a adolescência. Acho extremamente sexy.

Poderia falar como é o seu relacionamento familiar? Há uma aceitação por parte deles quanto ao seu trabalho de modelo? Pai, mãe, Irmãos, irmãs, eles aceitam, acompanham, dão algum palpite ou conselhos quanto a esta atividade?
Minha família é minha base, meu tudo! Tenho muito apoio, tanto dos meus pais quanto dos meus irmãos. Quando faço algo novo, eles são os primeiros a comentar e apoiar. Minha mãe não deixa de comentar nenhuma foto minha no Facebook. Eu amo demais isso!
Em nossa primeira entrevista você disse que trabalhava como assistente administrativa numa empresa de energia elétrica. Ainda trabalha lá, e como é conciliar as duas atividades?
Sim, ainda trabalho na mesma empresa. Já são 8 anos de casa e eu amo esse trabalho também. Consigo conciliar tranquilamente as duas coisas. As fotos faço apenas em dias de folga do trabalho.

No seu dia a dia já enfrentou ou enfrenta algum tipo de preconceito? Na sua concepção, como você encara e lida com esse tipo de situação e com as pessoas que agem desta forma?
Raramente acontece, normalmente recebo muito apoio e carinho das pessoas em relação ao que eu faço. Eu não costumo me importar com a opinião das pessoas que me criticam, então não posso dizer como lido com isso, porque eu não lido, só ignoro. O que importa pra mim, sinceramente, é estar feliz, quem me conhece, sabe exatamente quem sou e o resto não me importa.
Com relação a produção de conteúdo, como que é o seu processo criativo, você bola tudo sozinha ou recebe ajuda de outras pessoas? Há muita pesquisa envolvida para compor as suas ideias ou elas fluem naturalmente da sua cabeça? Além disso tudo, como que você escolhe o seu figurino?
Normalmente a ideia é sempre minha, até porque sempre quero que as coisas que faço contem um pouco sobre mim e me representem.
Não gosto de fazer nada que não tenha a ver comigo. Alguns conteúdos produzo sozinha e outros são feitos com fotógrafos profissionais. A minha mente é um poço de ideias, elas surgem e eu vou fazendo hahaha. O figurino eu escolho de acordo com a ideia do conteúdo.

Sob o seu olhar, levando em conta toda a sua história de vida, lutas e sonhos. Você realmente consegue mostrar a sua essência como pessoa, trabalhando o seu Eu interior para transpor obstáculos, sejam eles preconceitos ou a ignorância das pessoas com relação ao entretenimento adulto?
Sim, consigo.
A quanto tempo você é uma Suicide Girl, e o que mudou na sua vida? Como você se sente sendo uma Suicide Girl?
Sou Suicidegirl desde 2020, o que mudou principalmente na minha vida foi a minha forma de olhar pra mim mesma. Ser Suicide pra mim era como um sonho distante, inalcançável e cá estou. Me sinto muito bem fazendo parte dessa grande comunidade.
É uma comunidade onde conheço pessoas do mundo todo, onde não existe padrão a ser seguido. Lá você encontra meninas de todas as formas, tatuadas ou não, todas lindas, cada uma do seu jeito único de ser. Fazer parte disso significa muito pra mim.

Durante o seu trabalho como modelo, já sofreu algum tipo de abuso e/ou assédio? Você acredita que este tipo de situação está cada vez mais frequente e fácil de acontecer? E o que você acha que deve ser feito para que esse tipo de comportamento pare de acontecer?
Já sofri sim com assédio, abuso não, mas é importante dizer que esse assédio nunca aconteceu comigo vindo de fotógrafos com os quais já trabalhei, costumo analisar muito bem o profissionalismo de qualquer pessoa com quem vou trabalhar. Não penso que está cada vez mais frequente, acredito que sempre aconteceu, porém as pessoas muitas vezes tinham medo de expor o abusador. Hoje as pessoas estão tendo cada vez mais coragem de expor seus casos e isso é ótimo. Essas situações precisam ser expostas para tentar evitar que outras pessoas passem pelo mesmo.
Na sua opinião, quando que um convite ou proposta de trabalho se transforma em assédio? Como que você lida com isso e qual o conselho que você daria para as outras garotas que sofrem ou já sofreram com isso?
Na minha opinião fica muito visível quando existe assédio, é totalmente diferente lidar com um profissional respeitoso e um pseudo profissional. Normalmente a pessoa que assedia faz “elogios” nada profissionais, desagradáveis, quando começa dessa forma, já não sigo com o trabalho com essa pessoa.

Sobre relacionamentos, é muito mais complicado sendo uma produtora de conteúdos adultos? Você é livre quanto a sua escolha e preferência de gêneros ou você é uma mulher hetero?
Eu namoro há 14 anos com a mesma pessoa haha e antes de começar com a produção de conteúdo adulto, eu e meu parceiro conversamos muito sobre. No meu caso, a produção de conteúdo não influencia no meu relacionamento. Já beijei mulheres, mas não posso dizer que sinto atração sexual pelo mesmo sexo, então sim, sou uma mulher hetero.
Para uma produtora de conteúdos, você acredita que os relacionamentos dão mais certo com pessoas do mesmo ramo de atividade? Como você lida com o ciúme?
Meu parceiro não é do mesmo ramo e nosso relacionamento é incrível, modéstia à parte haha. Então não, não acredito que os relacionamentos dão mais certo com pessoas do mesmo ramo, acredito que independe… Eu não lido com o ciúme, confio na pessoa que escolhi passar o resto da minha vida ao lado e recebo a mesma confiança em troca.

Além do Suicide Girls você também produz conteúdos para o Only Fans. O que podemos encontrar da Jessy na plataforma? O que você mostra e como você mostra? Há algum tipo de interação com os seus seguidores que consomem os seus “produtos”?
Além do Suicidegirls, produzo conteúdo para o Onlyfans e Privacy. Nas minhas plataformas posto fotos e vídeos caseiros e também fotos de ensaios completos. Nos meus conteúdos mostro TUDO sem censura e sem frescura. Os seguidores têm acesso ao chat para conversar comigo nas plataformas. Respondo todos com carinho.
Sobre a sua saúde mental e espiritual, você pratica alguma atividade física para aliviar a tensão, frequenta algum profissional da saúde? Como você encara a ansiedade e depressão que atingem tantas pessoas hoje em dia?
Eu fiz alguns anos de terapia e hoje em dia não frequento mais, minha terapia hoje são minhas fotos haha, é o que mais amo fazer e me traz um bem-estar inexplicável. Em relação a atividade física, faço musculação. Tenho ansiedade, porém nada preocupante, consigo conviver com ela e tento manter sob controle. Infelizmente são problemas cada vez mais frequentes na nossa sociedade.

Quais as partes do seu corpo que você mais gosta? E se puder ir mais além, quais as partes do seu corpo que devem receber uma maior atenção e cuidado para que te faça realmente querer partir pra cima na hora H?
Eu gosto muito do meu bumbum haha e é exatamente nessa parte que gosto de receber mais atenção na hora H.
Fotografia é uma arte! Que tipo de sentimentos afloram no seu ser durante uma sessão de fotos? Fazer parte do nosso ensaio e vestir a camiseta do Suspiro, mexeu com você de alguma forma?
O sentimento que aflora em mim, principalmente é o amor-próprio. Inclusive, creio que toda mulher deveria fazer um ensaio fotográfico ao menos uma vez na vida, seja ele sensual ou não. Homens também, por que não?
Vestir a camiseta do Suspiro me fez sentir que meu trabalho é visto e valorizado. Foi uma honra enorme receber o convite do Blog e quando a camiseta chegou pra mim, fiquei extremamente feliz.

Em termos de sentimentos, todo ensaio fotográfico mexe da mesma forma com você?
Cada ensaio que faço me traz uma nova sensação. A cada ensaio me conheço ainda mais. Aprendo a me amar de uma forma diferente, pelo olhar de outra pessoa. A cada click, uma descoberta.
Planos para o futuro. Poderia compartilhar alguns dos seus planos com os nossos leitores, com direito a spoilers?
Eu sou uma pessoa que vive um dia após o outro, é claro que tenho planos, mas podem simplesmente mudar de uma hora para outra. Meu foco é sempre o agora. Em relação ao futuro, nada sei, vamos descobrir juntos meus próximos passos hahaha.

Estamos completando um ano de vida, procurando apresentar de forma natural a essência da sexualidade, erotismo e sensualidade. Como você vê e sente sobre o modo como apresentamos e mostramos o trabalho desses profissionais?
Acho incrível a forma com que vocês desenvolvem esse trabalho, sem tabu, de forma natural e expressiva. Sem dúvidas esse é o primeiro de muitos anos de sucesso que vocês terão.
Conte pra gente como foi a sua experiência de aparecer aqui em dois ensaios no blog. Você acha que o Suspiro realmente cumpre com a proposta de apresentar as pessoas de uma maneira mais espontânea, livre de padrões sociais, ou ainda temos muito a melhorar?
Eu amo! Me sinto honrada por ter sido convidada novamente para essa experiência no blog. Agradeço imensamente cada detalhe dessa experiência. O Blog está de parabéns pela forma com que apresenta os temas e pessoas, o trabalho de vocês é incrível!
Obrigado por fazer parte da nossa história!
Eu que agradeço, imensamente pela oportunidade.

Zucko
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